Retrospectiva 2022: vivendo a experiência Gazeus

Liliane Reis
Gazeus Games
Published in
5 min readDec 23, 2022

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Para falar sobre 2022, olhar para trás e recapitular o que aconteceu nos últimos meses, é importante começar com uma constatação tão óbvia quanto honesta: navegar este ano foi um desafio, assim como os anteriores, mas de uma natureza um pouco diferente.

Se o distanciamento começou a se tornar mais relativo, com o advento das vacinas e das doses de reforço, a distância ainda é uma constante. A pandemia transformou apartamentos e quartos em escritórios, e isso não poderia mudar de uma hora para a outra. Mas ainda que esteja mais do que comprovado que o home office, em suas idas e vindas, é um modelo viável de trabalho, existe uma diferença fundamental entre conectar funcionários e conectar pessoas.

É neste ponto que peço licença a você que me lê, pois vou quebrar uma série de preceitos de um suposto bom artigo — a começar pelo uso da primeira pessoa do singular, me fazendo sujeito. Também não vou afetar uma suposta imparcialidade.

Para falar sobre 2022 na Gazeus, é preciso abrir mão de um bom artigo para dar lugar a uma carta de amor; e cartas de amor, além de renomadamente ridículas, sempre serão pessoais.

Desbravando o novo ano

Toda história que se preze tem um personagem que serve como o olhar do público. Alguém que sai em uma jornada, ou se vê em um cenário novo, servindo de referência para quem embarca nesse enredo. É através da perspectiva dessa pessoa que descobrimos esse novo mundo, absorvendo detalhes. A vida pregressa dessa figura não importa tanto; o que vale mesmo é esse ponto de partida.

Pois bem. 2022 foi o ano no qual efetivamente descobri a Gazeus, então posso emprestar a minha visão a você que me lê.

Desde o primeiro momento, no primeiro contato com o time de Gente, Gestão e Cultura, fui apresentada a uma empresa feita por pessoas incríveis. As fotos das celebrações no escritório, dos encontros, mesmo das reuniões, já denunciavam o quão unido esse time era — e isso, aos olhos de uma recém-chegada, era tão fascinante quanto assustador. Afinal de contas, a perspectiva de ser a novata em um meio onde todos já são tão ligados carrega uma dose de receio. Ainda mais considerando que a grande maioria desses laços havia sido forjada no espaço físico do escritório, enquanto eu estaria a uma tela de distância de todos.

Levou muito pouco tempo até que eu descobrisse que meus medos eram infundados.

Entre trabalhos como freelancer e empregos efetivos, lido com home office desde 2012, muito antes da pandemia tornar o formato uma questão de saúde. Fui parte de times pequenos e grandes, mas nenhum deles havia sido tão numeroso e tão bem-sucedido em termos de inclusão quanto a Gazeus. De longe, nos encontrávamos em lives, no Discord, trocávamos ideias para além do trabalho. Gente de todo o Brasil e em outros cantos do mundo, como Canadá, Inglaterra e Argentina, logo se tornaram muito mais que contatos de trabalho. Eram pessoas.

De alguma forma, era como se o espírito daquelas fotos, dos encontros no escritório, conseguisse se apropriar do espaço digital também. O que dá margem a uma pergunta óbvia: como? Como a Gazeus teve êxito em manter viva essa sensação de pertencimento, mesmo na distância?

Questão de (gente, gestão e) cultura

Correndo o risco de incorrer em um grande clichê — mas essa é uma carta de amor, clichês são de se esperar –, vale reforçar que não se constrói um coração do nada. Se os pilares da Gazeus não valorizassem a conexão humana, não haveria escritório ou atividade online que mantivesse o sangue correndo nessas veias metafóricas. Mas se, ao longo de 16 anos de empresa, houve todo um cuidado para fomentar esses laços, a mudança de formato pedia não a criação de algo novo, e sim a adaptação.

Foi nesse ponto que a Gazeus brilhou. Das lideranças aos times, com destaque especial para a equipe de Gente, Gestão e Cultura. Ao longo de 2022, encontrei inúmeras portas abertas, iniciativas que me incentivaram a me envolver mais e mais com o cerne da empresa. Conheci profissionais que me inspiram todos os dias, fiz amigos e ri muito em reuniões que definitivamente não poderiam ter sido resolvidas só com um e-mail. Não teria a mesma graça.

Diz-se que relacionamentos são construídos nas pequenas coisas do dia a dia, e aqui não foi diferente. Não é fácil, mas é preciso saber dosar respeito e transparência; entender como se aproximar, sem invadir.

Em um ano de Gazeus, vi como uma empresa pode cuidar, mesmo de longe; como um time dedicado pode acolher, mesmo que em uma reunião via Discord ou Google Meet. Também vi equipes se unindo para enfrentar desafios, novas ideias surgindo, sonhos se desenhando com a entrada de novos players nesse jogo.

Mesmo de longe, em um ano de empresa ficou muito claro para mim que a memória coletiva da Gazeus não era uma história de pescador, que vai aumentando cada vez que é contada. Pelo contrário: é algo tão forte e vívido que segue permeando todas as novas relações que se constroem por aqui.

Tudo que faltava era vivê-la de fato.

A experiência Gazeus

Fechamos 2022 com a Gazeus Experience — um nome grandioso para definir algo imenso e, ao mesmo tempo, corriqueiro: uma semana na qual todo o time Gazeus teve a oportunidade de trabalhar junto, no escritório. Do Canadá à Argentina, pudemos nos reunir em torno da mesma mesa, e efetivamente fazer a pausa do cafezinho com os colegas. Juntos, fizemos o balanço do ano, lançamos nosso olhar para 2023 e celebramos tudo que conquistamos.

Mas como eu disse, relacionamentos são construídos nas pequenas coisas, e é também nelas que medimos o sucesso de uma relação. É claro que cada um carrega a sua percepção dessa semana, mas, como já estabelecemos no começo desse texto, você está acompanhando o meu olhar. E o que mais me impressionou nesse evento foi como ele parecia um reencontro, até mesmo para mim. Eu, que nunca havia estado no mesmo espaço que a grande maioria das pessoas envolvidas — em muitos casos, sequer no mesmo país –, me senti como se estivesse matando as saudades de gente que não via há muito tempo.

Agora, movidos pela saudade do que vivemos, encerramos 2022 com a sensação de que temos muito mais a sonhar e criar em 2023. E se o ano por vir também é uma incógnita, com as relações entre trabalho remoto e encontros ainda se desenhando, é inevitável a sensação de que estamos no caminho certo, pelo simples fato de que, mesmo longe, estamos mais juntos do que nunca.

Que venha 2023!

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