Apple Search Ads
Em outubro de 2016, a apple lançou sua plataforma de anúncios e logo começamos a explorá-la. Para os que estão familiarizados com as campanhas de Busca do Google Adwords, a estrutura e a forma de segmentar através de palavras-chave são um pouco semelhantes.
A ferramenta ainda está em fases de testes e, no seu lançamento, só era possível anunciar para EUA. Porém, esse ano, a plataforma expandiu seu inventário para a Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido. Em uma segunda atualização no final de 2017, passou a estar disponível para Canadá, México e Suíça. Em breve, quem sabe Brasil? ;)
Além disso, ainda possui apenas um posicionamento para os anúncios que é no resultado de busca da loja.
Abaixo vamos compartilhar alguns aprendizados que tivemos ao longo do tempo com a nossa experiência nessa ferramenta.
#1- Estrutura das Campanhas
A estratégia que encaixou melhor para nós envolve desdobrar temáticas de termos de busca em campanhas distintas. Esse é um exemplo que usamos e deu certo:
- Palavras-chave de Marca — Inclui todos os termos relacionados à marca, por exemplo: “Jogatina”;
- Palavras-chave de Concorrentes — Inclui todos os termos relacionados aos seus concorrentes;
- Palavras-chave Não-Marca — Outros termos relacionados ao seu aplicativo ou no mercado no qual ele está inserido, porém não são de marca ou concorrentes. Exemplo: “baralho”
- Termos de busca (search match) — Essa é uma opção que você pode ou não ativar numa campanha. Ao ativa-la, a ferramenta te incluirá em leilões de palavras que o algoritmo dela entenda que são pertinentes para seu produto.
Agora você deve estar se perguntando o que eu vou fazer a nível de grupo de anúncio. Você simplesmente irá criar 2:
- Exata — Palavras na correspondência exata
- Ampla — As mesma palavras na correspondência ampla
Muita informação?
Calma. Nós desenhamos. A organização seria assim:
#2-Validando a Estratégia
Como sabemos que a estratégia anterior funcionou?
Fizemos uma campanha chamada “Tira-Teima”: Colocamos tudo junto e misturado, com o botão Search Match ligado e deixamos rolar para ver o que acontecia.
Esses foram os resultados de retenção onde a linha preta é a campanha “Tira-Teima” e as outras são da estrutura sugerida pela Apple.
Na campanha “Tira-Teima”, algumas palavras não chegaram a rodar. Mesmo que mudássemos os lances individualmente colocando valores super altos. Conseguimos até um valor OK por custo por aquisição, mas não conseguimos também escalar o investimento.
Na estratégia sugerida, conseguimos fazer palavras mais baratas e que atraíam usuários de maior valor (retenção) rodarem. Desse modo, identificamos as campanhas que não eram boas. Nesse exemplo, a campanha da linha laranja foi pausada, pois não era vantajoso continuar investindo nela e um maior budget alocado nas campanhas de linha azul e roxa.
#3-Otimização
Além das otimizações óbvias que é aumento e redução de lance, aumento e redução de orçamento, a ferramenta oferece alguns relatórios que te ajudam a entender o que pode estar dando certo ou errado na sua campanha.
Neste relatório, por exemplo, conseguimos ver que determinada faixa etária está encarecendo o custo geral da campanha.
Com isso você pode tomar a decisão de não mais anunciar para uma faixa etária pois ela não compensa/está muito cara ou, o contrário, esse é um público é tão valioso para você que você aceita pagar um pouco mais por eles.
Apesar da interface simples, a ferramenta ainda está em teste e sentimos falta de algumas coisas que facilitariam nossa vida. Como anunciantes que administram campanhas em diversas outras redes, algumas funcionalidades nos poupariam bastante tempo na hora de otimizar ou entender o impacto das ações que fizemos. As duas funcionalidades principais que sentimos falta foram:
- Histórico de alterações — Ele não existe. Logo, para você não se perder nas suas otimizações e saber o que foi alterado e quando, é bom manter um log em um caderno ou excel.
- Alterações em grande escala — Ela até existe, porém é algo que não é fácil. Requer que baixe um arquivo no excel, altere manualmente linha a linha do arquivo e “re-suba” o arquivo na ferramenta.